quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

#NaPaula, saudades e textos

Eu bem que tentei não olhar...
Quando ela me chamou, dei de ombros e fingi que não era comigo. Mas ela foi insistente e tocou no meu ombro.
E, quando olhei para trás, eu vi as mãos entrelaçadas, senti o vento fresco de novo e ouvi outra vez aquela música.
E apareceram os sorrisos, a conversa despretensiosa, o nervosismo das bocas que se viam pela primeira vez.
E eu vi o coração acelerado, o arrepio dos corpos, o suor que escorria entre as costas, o calor que nunca esfriava...
"Não devia ter olhado", pensei.
Porque ao atender o chamado da saudade, ah, deu ainda mais saudade de tudo...




dez, 2014


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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

NaPaula, o susto e o "presente"...


Aparentemente, era uma manhã normal: o sol a pino avisava que seria mais um daqueles dias quentes do verão carioca. Ao abrir a janela da sala, o susto: milhares de penas espalhadas pela varanda sinalizavam que alguma guerra "pombística" havia sido declarada horas antes. Olhei ao redor, pela grade da janela, para tentar entender o que havia acontecido, e nada! Tive que abrir a porta...

E ali, na minha garagem, na maior pose "like a boss", me esperava, todo pimpão, o mais novo morador do condomínio: um gato branco, com um olho marrom e outro azul, miando feliz ao me ver... Com um miado de quem travou a mais árdua luta e saiu vencedor, apresentava-me seu prêmio máximo: um p-o-m-b-o morto.

Até então nem sabia que o gato era da área e mais ainda que andava pela "minha" área. Meu filho que me contou que o bichano havia sido adotado visualmente por Nanda e Duda dia desses. Elas estavam de férias; eu, trabalhando. Minha irmã ficou com elas em casa para mim nesse período. Enquanto eu trabalhava, as bonitas corriam atrás dele no condomínio e ele, sabiamente, veio com elas pra casa. Soube até que o senhor rom-rom deitou no meu tapete, que Nanda beijou a orelha dele, apertou o rabo, puxou o coitado... E não é que ele subiu até o 3o andar e foi dar uma de corajoso, encarando Ricardo Enrico na sua própria casa? Demais pra mim... Deve ter sido informado de que eu gosto de gatos e, pra tentar me agradar, veio me trazer um presente... Mas logo um pombo? E morto?!? Enfim... 



Como a minha cara não foi lá das mais felizes, apesar de ter feito até carinho nele, o gatinho agarrou a ave pela boca e saiu minha casa afora. Não entendi nada...

Da próxima vez, você pode trazer dinheiro? Ficaria agradecida.
Bjos, gatinho... =^^=

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

NaPaula, suas retrospectivas e o Ano-Novo...

Quando 2015 estava às portas, sentei-me no chão do meu quarto e fiz a minha retrospectiva de 2014. Nela, eu contava como 2013 havia sido terrível pra mim, emocionalmente falando, e como havia sido o ano (então) vigente: meu "renascimento", a chegada das minhas gêmeas, minha volta ao trabalho, o início de tudo novo pra mim... E, naquele último dia, eu via 2015 me estendendo as mãos, me convidando a confiar nele, em tudo que ele poderia também ser de bom pra mim, e foi.

Foi bom em vários aspectos, sim. Tenso em outros, muito até, mas acredito que a minha maior vitória, senão nossa, foi ter chegado ao fim do ano com saúde, ao lado de quem amo e trabalhando.

Diante de tantas incertezas, a única certeza que tive foi a de que tudo passa realmente. Algumas coisas mais rápidas do que outras; mas, sim, tudo passa. Parece clichê, mas é a mais pura verdade, guarde isso pra você. Eu guardei pra mim...

Houve partidas, sempre há, mas houve chegadas. E quem chega sempre traz alguma coisa boa pra nós: carinho, abraço, beijo, cafuné, promessas (essa parte a gente não deve acreditar muito, não...).

Eu vivi 2015 com os olhos no futuro, tentando não olhar pra trás, focando em tudo que precisava fazer para construir uma história nova todos os dias. Consegui, acho. Falhei algumas vezes, eu sei. Mas tô aqui, pronta pra recomeçar, mais uma vez, e sempre, se precisar.

Agora, 2016 também me chama pra dançar... 🎶 a orquestra já nos chamou... 🎶 - e eu estou pronta para tudo de bom que ele trouxer, certa de que nada acontecerá sem a permissão dAquele que tem a minha vida e os meus dias na palma de Suas mãos.

E, para finalizar, só posso dizer "muito obrigada, Deus". Não tive o dinheiro que queria, mas tive aquele de que precisava, não me faltou nada! Obrigada! Meus filhos estão com saúde, são lindos e perfeitos: obrigada! Apesar de toda crise lá fora e tão perto da gente, continuo trabalhando. Obrigada! Precisei vender meu carro, mas tenho pernas em dia: obrigada! Minha família segue perto e quem amo continua em paz: obrigada! Dormi e acordei para mais um dia todos os 365 dias do ano: sinal de que Suas misericórdias me alcançaram mais uma vez, obrigada!

E, agora, Deus me permite ver a chegada de mais um ano. Que eu também possa chegar ao final dele e dizer: obrigada, mais 366 dias vencidos honestamente, Senhor!

Vamos?


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