quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

NaPaula, sua chance e o porquê dela amar aniversário...

Junho de 1974. Grávida de quatro meses, uma jovem de 24 anos, desamparada pelo companheiro e pressionada pela família, é levada a uma clínica de abortos, em Botafogo, na zona sul carioca. No local, várias grávidas. Ela é apenas mais uma... À sua frente, uma mulher se levanta e entra na sala macabra, aparentando ter uns seis meses de gestação... 

A jovem espera a sua vez. Na cabeça, ecoam doloridas palavras: "Tira mesmo, essa criança vai ser um estorvo na sua vida! Você é tão nova..."

Quase uma hora depois, a mulher que entrara na sala sai... de barriga vazia! A cena chocante assusta tanto a jovem que ela sente, pela primeira vez, seu bebê mexer, mas já era a sua vez de entrar. Ela passa a mão na barriga, respira fundo, levanta-se e caminha em direção à saída: havia decidido pela vida!

A gravidez não é fácil, nada pra ela foi. Mãe solteira, passou por inúmeras dificuldades: ninguém aceitava uma menina com filho, principalmente nas vagas onde ela procurava para morar. Diante da necessidade de trabalhar para sustentar a si e ao bebê, ela deixa a criança em um orfanato. Foi uma decisão difícil. Seu coração de mãe sangrava sempre que a noite caía. Tantos problemas, tanta luta. Poderia ter abandonado a criança lá, como muitas mães da instituição fizeram. Mas, assim que ela pôde, voltou para buscá-la. Foi o melhor (re)encontro da vida de ambas.

O tempo passou, as dificuldades continuaram, mas mãe e filha, agora, estavam juntas.

A criança cresceu. Virou adulta, venceu! A criança... sou eu! Por isso, todo dia 25 de fevereiro, comemoro meu aniversário com a intensidade que ele merece: com muita alegria, com muita festa, com muito sorriso e, principalmente, com muita gratidão à minha mãe e a Deus. Não queriam que eu estivesse aqui, mas eu estou! 

#NaPaulaFaz41 

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