sexta-feira, 2 de junho de 2017

Minha nada mole vida de mãe...

Tava eu lá apagada, no meu décimo sono, quando acordo com os berros de Eduarda: "mamãaaaaaae, mamãaaaaaae, vem cáaaaaaa!".

Nos primeiros 2 segundos, achei que ela acordou e estranhou não estar na minha cama (transformei os berços em caminha, pra ver se elas se apaixonam tanto pela cama delas quanto são apaixonadas pela minha - a coluna da mãe agradece!), mas o segundo berro estava bem apavorado, ao que dei um pulo e já "caí" no quarto delas.

Mesmo com tudo apagado, enxerguei a cena: ela, sentada, vomitando pra tudo que é lado, nervosa ao quinteto. Respiro fundo, seguro a mão dela, digo que está tudo bem, que a mamãe vai ajudar. Espero pelo último "passar mal" e levo voando pro banheiro. Ligo o chuveiro, tiro a roupa dela e a deixo aproveitando a água quentinha. Enquanto isso, corro lá embaixo, pego Veja e pano e subo correndo pra limpar o quarto. Lençol e travesseiro vão lá pra escada, bem longe! Limpo cama, colchão e troco a roupa de cama.

Volto pro banheiro e ela está lá, meio sem saber o que aconteceu. "Mamãe, saiu pela boca". Sorrio e digo: "Foi, meu amor? Mas já passou..." Enrolo na toalha, levo pra minha cama, troco de roupa e pergunto, de novo, se está bem. "Tudo bem, mamãe".

- Mamãe, faz dederinha?
(- Nem pensar, penso. Mamadeira de leite com nescau depois dessa tragédia?)
- A mamãe vai trazer um pãozinho, pode ser?
- Pode ser...

Desço e pego um pãozinho Panco, sem nada. Ela come e já quase dorme. Vigio até pegar no sono. "Que horas são, meu Pai?!?" Olho no relógio: 1h50. "Ah, não vou lavar lençol essa hora, ainda mais no frio!" Jogo no tanque. "Quando elas saírem pra creche amanhã, resolvo!" São 2h30 agora. Ambas dormem a sono solto. E a mãe aqui não consegue "desligar". Amanhã, mais um capítulo da série The walking Paula.

Por favor, tenham mais paciência com as mães. Sempre. Enquanto vocês dormem, tem sempre uma no plantão da madrugada...

Bjs da NaPaula

Escrito em 31/05/2017






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